II Conferência Internacional de Mulheres Comunistas (II CIMC) - A luta pelos direitos das mulheres no mundo industrializado

Diretoras:
Ana Luisa Oliveira
Isadora Azevedo
Mariana Abreu
Diretoras-assistentes:
Luiza Berti
Sarah David
Quando a primeira declaração universal dos direitos humanos foi feita, a mensagem era clara: seu público alvo era os homens. As mulheres lutaram incansavelmente por séculos, para serem tratadas mais como pessoas e menos como meros objetos. Com toda certeza, um passo fundamental para a história feminina foi o ingresso no mercado de trabalho, ocasionado pela Revolução Industrial e consolidado pela Primeira Guerra Mundial.
As mulheres trabalhadoras não deixaram de sofrer pelo gênero ao qual foram impostas, e, além de receberem menos, lidavam com abusos constantes, das mais variadas tipologias, no ambiente laboral. Agora pertencentes ao proletariado, o grupo é apresentado ao Comunismo, que envolve muitas delas e faz com que a sua consciência de classe aflore, junto com a necessidade de fortalecimento e unificação na luta contra o patriarcado para que o fim de uma opressão destruísse a outra.
Assim, em 1921, é realizada a II Conferência Internacional de Mulheres Comunistas, com representatividades femininas dos principais partidos alinhados ao marxismo existentes na Europa. Nele, serão discutidas as medidas a serem tomadas, numa unificação do movimento feminino e tendo em vista a necessidade de acabar com as raízes das opressões que todas as presentes tem em comum: o capitalismo e o patriarcado.